Espetáculo realizado com o Grupo de Dança Contemporânea da Escola de Dança como coreógrafa convidada. O trabalho aborda a singularidade do indivíduo, assunto que é explorado na obra tanto pela estratégia improvisacional desenvolvida com os dançarinos, bem como pela relação propiciada ao público para “adentrar” a obra.
Utilizando a arquitetura do espaço cênico como elemento de composição, aproveitamos a estutura do Teatro Vila Velha – local de estréia do trabalho – para enfatizar a conceito de singularidade desejado na concepção da obra. Nesse sentido, foram disponibilizadas diferentes “pontos de visão e interação” do espetáculo: a) sentado em balanços no meio do espaço cênico onde a interação com os dançarinos era direta e as imagens projetadas ficam difusão por serem de grande dimensão; b) ao redor do espaço cênico térreo, uma vez que também haviam movimentos realizados com a técnica circense de tecido permitindo o acontecimento aéreo da performance; c) primeira galeria, d) segunda galeria, esses dois andares superiores que circudavam a o espaço cênico não contava com a relação direta dos dançarinos, mas ganhavam uma relação diferenciada com a performance aérea, bem como tinha um ponto de vista “topológico”, pois as enormes projeções podiam ser compreendidas efetivamente apenas por esses que estavam nos espaços elevados.
Não apenas a disposição da público buscava essa relação de “ponto de vista único”, mas também a improvisação desenvolvida pelos dançarinos. Um exemplo é a relação que estabelecem com o público situado no espaço “b”, na qual os dançarinos tem a liberdade de dizer algumas ideias sobre a cena que ocorre naquele instante, ou ainda, por produzirem máscaras com as mãos interferindo a visão da audiência.
O espetáculo foi também apresentado no Teatro Castro Alves e a opção pelo uso da estutura arquitetônica do espaço foi utilizar apenas o palco, ou seja, o público e obra estavam naquele mesmo lugar. Além disso, para explorar as enormes projeções e a sensação de imersão, foram utilizados 4 toneladas de estopa para cobrir o palco. Os figurinos ganharam novas estruturas com esse mesmo material e os dançarinos pareciam surgir muitas vezes do próprio chão.
Minha concepção para esse espetáculo como uma forma de compreensão de configurações estéticas de dança ganhou dois prêmios no Monaco Dance Forum de 2006, em Monte Carlo: Prêmico Unesco para Promoção das Artes – Arte Tecnologia e uma residência artística no renomado Centre Coreographique National, dirigido pelo famoso coreógrafo Angelin Prejlocaj, em Aix-en-Provance, França. Durante essa residência artística eu criei a obra Le Moi, Le Cristal et L’Eau em 2007.
FICHA TECNICA
e fez o homem a sua diferença (2005)
Concepção e Direção Artística da obra: Ivani Santana
Elenco Grupo de Dança Contemporânea (GDC) da Escola de Dança UFBA
Direção Artística do GDC: Dulce Aquino
Assistência de Direção: Juliana Rocha
Coordenação de Elenco e Preparação Corporal: Marli Sarmento
Preparação Vocal – Juliana Rangel
Criadores e bailarinos: Amanda Paraíso, Carol Diniz, Flávia Castagno, Hugo Leonardo, João Barbosa, Juliana Rocha, Maíra Di Natale, Maria Fernanda Azevedo, Pakito, Thainah Aquino e Verônica de Moraes.
Música: Pablo Sotuyo Blanco
Cenografia: Inara Negrão e Igor Souza
Cenotécnica: Edmilson dos Santos
Figurino: Carol Diniz
Iluminação: Fabio Espírito Santo
Imagens: Grupo de Pesquisa Poética Tecnológica na Dança CNPq/UFBA [Maria Fernanda Azevedo e Roberto Basílio – Coordenação Ivani Santana].
Poesia: T.S.Elliot e The Last Flower
Fotografia: Andrea Vianna
Oficinas de corpo: Eloisa Domenici e Norberto Peña
Patrocínio: Fundaçao Cultural do Estado da Bahia
Apresentações: Teatro Vila Velha e Museu de Arte Sacra (fragmento) (Salvador, BA).
e fez o homem a sua diferença – emeregência 2
Concepção e Direção Artística da obra: Ivani Santana
Elenco Grupo de Dança Contemporânea (GDC) da Escola de Dança UFBA
Direção Artística do GDC: Dulce Aquino
Assistência de Direção: Juliana Rocha
Coordenação de Elenco: Marli Sarmento
Preparação Corporal: Daniela Araújo, Duto Santana, Flávia Castagno e Marli Sarmento.
Criadores e bailarinos: Flávia Castagno, Hugo Leonardo, João Barbosa, Juliana Rocha, Lucinete Araújo, Maria Fernanda Aze- vedo, Monica Santos, Thainah Aquino e Veronica de Moraes.
Música: Pablo Sotuyo Blanco
Cenografia:Igor Souza
Cenotécnica: Edmilson Santos
Desenhos: Rebeca Ros Galvez e Elena Liliana
Figurino: Carol Diniz
Iluminação: Fabio Espírito Santo
Imagens: Grupo de Pesquisa Poética Tecnológica na Dança CNPq/UFBA [Maria Fernanda Azevedo e Roberto Basílio – Coordenação Ivani Santana].
Poesia: T.S.Elliot e The Last Flower
Fotografia: Andrea Vianna
Patrocínio: Fundação Cultural do Estado da Bahia Apresentação: Teatro Castro Alves (Salvador, BA)